Chamada de Trabalhos 2023
Construindo Resistências Feministas Transnacionais em Tempos de ‘Crises’
International Feminist Journal of Politics e FLACSO-Equador
Conferência presencial / Sessões de abertura serão transmitidas ao vivo
Quito, Equador, 7 a 8 de setembro de 2023
Convidamos as participantes para esta conferência presencial, Construindo Resistências Feministas Transnacionais em Tempos de 'Crises', coorganizada pelo International Feminist Journal of Politics e pelo Departamento de Sociologia e Estudos de Gênero da Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO-Equador).
Os feminismos – como outras formas de produção de conhecimento e de movimentos sociais – emergem e se situam em contextos nacionalistas, colonialistas e imperialistas, ainda que resistam a hegemonias epistêmicas e geopolíticas. Nesta conferência, continuamos com os esforços do IFJP para descolonizar as hegemonias anglófonas e do Norte nas RI feministas. Realizada em Quito, Equador, a Conferência de 2023 centra a “América Latina” como uma região e um imaginário que oferece uma ancoragem importante para as conversas feministas globais irem além do atual domínio do Norte Global e do Ocidente sobre o conhecimento. Em particular, esta conferência busca mostrar a América Latina – e mais amplamente, as Américas – como um imaginário colonialista histórico e como um local de resistências contínuas às hegemonias neocoloniais e imperialistas, globalmente e dentro da própria região. Ao propor que nosso ponto de partida epistêmico comece no Sul Global, esta conferência serve como um espaço para pensar sobre as dimensões locais e transnacionais simultâneas da política feminista que respondem às múltiplas formas de poder global, de colonialidade e de império.
Algumas das questões que animam esta conferência incluem: Como as feministas e outros atores políticos na região e em outros partes do mundo enquadraram suas lutas por soberania e liberdade? Que tipos de conexões, encontros e dissensos podemos estabelecer entre as lutas feministas e outras formas de protestos, movimentos sociais e mobilizações espontâneas que surgiram em todo o mundo? Como e por que testemunhamos um recente ressurgimento não apenas de movimentos sociais mais organizados, mas também de várias formas de comoções, ou mobilizações espontâneas, em todo o mundo, que ilustram o descontentamento generalizado em todos os setores sociais sobre uma série de questões, incluindo: práticas autoritárias, desenvolvimento extrativista do estado, racismo e sentimentos anti-indígenas, direito ao aborto, campanhas anti-feministas e anti-LGBTQI+ e violência de gênero? Como as ideias sobre, por exemplo, gênero e direitos das mulheres, “viajaram” (ou não) através das fronteiras políticas, econômicas, culturais e linguísticas, inclusive por meio de redes Sul-Sul? Quais são os nós e/ou enclausuramentos que acontecem através ou apesar do transnacionalismo e da travessia de fronteiras, e como podemos atender melhor à liminaridade que pode ser tão produtiva para desalojar barreiras à imaginação política e à solidariedade?
Ao centrar as resistências – incluindo protestos organizados, intervenções espontâneas e parte do trabalho intelectual para descolonizar a produção de conhecimento e os sistemas educacionais na região – esta conferência visa lançar luz sobre uma série de respostas feministas criativas e formas de repensar a América Latina como uma região e um imaginário, e centrar essas conversas dentro da política feminista global.
Possíveis subtemas incluem, mas não estão limitados aos seguintes:
Teorias e práticas feministas transnacionais
métodos e teorias que trabalham com análises feministas transnacionais
feminismos transnacionais e interseccionalidade: convergências, divergências
impérios, antigos e novos
relações Sul-Sul e internacionalismos
uninacionalismos, plurinacionalismos, transnacionalismos
Práxis e políticas feministas
resistências a novas formas de autoritarismo
escalas e composições de resistência: local, nacional, regional
o corpo, corporificação e violências
resistências aos heteropatriarcados, à colonialidade, à xenofobia, ao racismo e à racialização
enquadramentos de políticas feministas em perspectiva transnacional/global
perspectivas (trans)feministas sobre fronteiras, migrações, deslocamentos, (im)mobilidades.
Desigualdades Sociais e Interseccionalidade
movimentos sociais interseccionais, políticas, instituições, práticas
neoliberalismo multicultural e/ou multiculturalismo neoliberal
queer/cuir/transfeminismos, epistêmes, movimentos
racialização, hierarquias raciais, indigeneidade, branquitude
resistência a exploração, cadeias globais de valor, extrativismo.
Data de envio: 22 de maio de 2023
Tipos de trabalhos que podem ser submetidos: Artigos individuais e em coautoria, painéis, mesas redondas, propostas de lançamento de livros e outras propostas criativas.
Método de submissão: Os resumos de até 250 palavras podem ser enviados a partir deste formulário.
Observação: para os painéis ou outras submissões de múltipla autoria, é necessário fornecer informações de todos os participantes do painel, incluindo os resumos individuais dos artigos/apresentações, os endereços de e-mail, os dados sobre localização/filiação institucional e o modo de participação